“Não me parece que se devam colocar os 78 mil milhões de euros que a ajuda externa dá a Portugal nas mãos daquele que é político responsável pelo estado a que chegámos.” Foi desta forma que o líder do CDS/PP afastou a possibilidade de um entendimento pós-eleitoral com o secretário-geral do PS, José Sócrates.
No frente-a-frente entre os dois candidatos, conduzido por Judite Sousa, na TVI, o líder centrista sustentou: "Não entendo que se deva colocar a gerir esse dinheiro a quem apenas soube gastar mais, desperdiçar mais."
José Sócrates, por seu turno, renovou a tese de que mantém uma "atitude de abertura" com os restantes partidos políticos, visto que "o País precisa de um governo maioritário no Parlamento".
No âmbito do pedido de ajuda externa, Portas acusou o adversário de "viver na estratosfera" e de não estar na "mesma realidade que a maioria dos portugueses".
Isto depois de o primeiro-ministro demissionário defender que a ajuda "só se pede no limite" e insistir que a crise do País surgiu em linha com "uma profunda crise internacional".
A compra dos dois submarinos serviu também para aquecer o debate entre Portas e Sócrates, com o líder do CDS/PP a afirmar que os submersíveis significam "0,5 por cento do problema na subida da dívida".
Em sua defesa o secretário-geral do PS atirou: "Foi você que os comprou, mas eu é que os paguei."