O Partido Pirata sueco tem quase garantido assento no Parlamento
Europeu, ao posicionar-se actualmente como a terceira força política da
Suécia. Esta formação defende o fim das restrições no uso da Internet,
o que inclui a livre partilha de ficheiros, mesmo que estes estejam
sujeitos ao pagamento de direitos de autor.
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Se as actuais sondagens se mantiverem, é muito provável que o Partido
Pirata (que conta com oito por cento das intenções de voto) obtenha
mais do que um assento no Parlamento Europeu. Em declarações ao diário
“The Times”, o cabeça-de-lista dos “piratas” às europeias, Christian
Engstrom, assegurou que o plano de “conquista” do partido vai por esta
ordem: “Suécia, Europa, Mundo”.
O Partido Pirata foi fundado em 2006 e engrossou recentemente as
suas fileiras após a sentença contra os criadores do site sueco de
partilha de ficheiros “Pirate Bay”, que determinou o pagamento de uma
multa de mais de 2,7 milhões de euros a gigantes mundiais como a Warner
Bros, Sony Music, EMI e Columbia Pictures. Após a sentença dispararam
as filiações partidárias, que se cifram actualmente em mais de 46 mil
membros, sobretudo jovens, um factor que causa a inveja dos partidos
mais “tradicionais”, incluindo o do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt.
No ano de “estreia” eleitoral, 2006, o Partido Pirata obteve 0,63
por cento dos votos nas eleições legislativas da Suécia. Mas esta
situação poderá mudar na iminente votação europeia, caso as sondagens
se mantenham como estão. O programa eleitoral do partido centra-se
quase exclusivamente nas comunicações electrónicas, prometendo
igualmente lutar pela confidencialidade e liberdade na Internet.
“Os nossos políticos são analfabetos digitais”, declarou o líder da formação, Rick Falkvinge, que assegurou que
“o sistema e os políticos declararam guerra a toda uma geração”. Para
“não sermos intimidados para qualquer potência estrangeira, votar nas eleições para a UE é mais importante que nunca”, concluiu. Público
em:
http://www.pplware.com/2009/05/25/partido-pirata-sueco-quase-garantido-no-parlamento-europeu/