"Zon é o mais provável comprador da Cabovisão"
Os
analistas do UBS acreditam que os canadianos da Cogeco Cacle pretendem
sair do mercado português e que o cenário de consolidação no sector é
inevitável, apontando a Zon como o mais provável comprador da Cabovisão
.
Os analistas do UBS acreditam que os canadianos da Cogeco Cacle
pretendem sair do mercado português e que o cenário de consolidação no
sector é inevitável, apontando a Zon como “o mais provável comprador da
Cabovisão”.
Num “research” de hoje, o banco de
investimento analisa o facto de a Cogeco, que em Portugal controla a
Cabovisão, ter avançado com estimativas “decepcionantes” para 2010, um
facto que o UBS atribui ao aumento da concorrência em Portugal.
“Continuamos
a acreditar que a consolidação no mercado português é inevitável e que
a Zon é o mais provável comprador da Cabovisão”, refere a casa de
investimento suíça.
As notícias e os rumores sobre
a venda da Cabovisão têm sido recorrentes ao longo dos últimos anos, um
cenário que a empresa tem negado por diversas vezes.
Ainda em Maio
deste ano o presidente da empresa, Jules Grenier, adiantou que não tem
a operação em Portugal à venda e até quer crescer. A Zon é o operador
de TV líder em Portugal e reforçou a sua posição no ano passado, com a
compra da TVTel e Pluricanal.
A UBS adianta que as
estimativas decepcionantes para 2010 estão relacionadas com o aumento
dos custos em Portugal, de modo a reter clientes, devido ao aumento da
concorrência dos outros operadores de maior dimensão: Portugal Telecom
e Zon.
“Acreditamos que esta estratégia é
necessária até a Cogeco ter a oportunidade de sair do mercado
português”, refere a casa de investimento, que adianta que a gestão da
empresa diz que o aumento dos custos é apenas uma tendência de “curto
prazo”.
“A Cabovisão foi apanhada numa guerra por
quota de mercado entre dois rivais”, refere o UBS, que considera
“inevitável” uma operação de consolidação, mas não no curto prazo.
O
banco justifica que o Governo português tem uma posição indirecta na
Zon e, dadas as eleições agendadas para Setembro, “acreditamos que as
oportunidades de consolidação deverão acontecer dentro de 18 meses e
não no curto prazo”.
O UBS reviu em baixa o
preço-alvo para a Cogeco para dólares canadianos, mas ainda assim
recomenda a compra das acções da empresa.
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