Dando continuação à discussão iniciada no tópico da epic, decidi abrir um tópico de forma a toda a gente apresentar argumentos a favor e contra a morte do pc enquanto plataforma de jogos.
Falando única e exclusivamente do presente, o PC não está morto:
- A maior distribuidora de jogos digitais, a Valve, conta com mais de 30 milhões de utilizadores legítimos e mais de 70 milhões de contas criadas. As receitas do Portal do Steam chegou aos 4 mil milhões de dólares em 2010. A Valve é, na minha opinião, a melhor produtora do mercado, a par da Blizzard.
- As vendas físicas, que têm vindo a descer de ano para ano em detrimento da distribuição digital, cresceram 5% no ano transacto.
- Como um todo, as receitas geradas por esta plataforma cresceu 20%, também com a ajuda do crescimento do mercado dos jogos free to play.
E o futuro, o que nos reserva? Num curto prazo (nos próximos 5-6 anos) o PC vai manter-se relevante como sempre se manteve desde a década de 80.
Lembrem-se que as consolas não nada mais que pc's direccionados para o gaming. A Nvidia e a AMD, produtoras das placas gráficas da PS3 e Xbox 360 têm como mercado base o mundo dos pc's, senda esta a sua principal fonte de rendimento.
Se o PC morrer, as consolas cedem também com a queda, a não ser que o departamento do hardware miserável da Microsoft e Sony decidam investir na produção interna de todos os seus componentes. Todos os componentes das consolas são provenientes dos gigantes do mundo do Hardware, desde o processador à motherboard e placa gráfica.
O pc enquanto percursor do futuro
A distribuição digital estreou-se no PC, assim como os DLC's e serviços online, desde o início desta década.
O mercado das consolas chegou 6 anos atrasado à festa.
O hardware, a fidelidade visual é bastante superior no PC, suportando 1080p NATIVOS. Como foi dito por um responsável da EPIC, os pc's actuais são exemplos de consolas futuras.
O modelo free to play começou também no pc, falando-se agora numa possível transladação para a PSN e Xbox live.
RTS's, MMO's e simuladores terão sempre o seu mercado centrado no PC, assim como uma grande parte dos jogos indie. OS fps's têm ainda um enorme seguimento por parte dos jogadores de PC, assim como os RPG's.
O PC enquanto VERDADEIRO MEDIA CENTER
Um pc faz realmente tudo, desde actividades sociais a trabalhos profissionais. Um pc é indispensável para profissionais, sejam eles programadores, designers, arquitectos ou engenheiros.
O investimento num PC para gaming é superior ao investimento numa consola, mas não só usufruimos de uma qualidade substancialmente superior, como obtemos algo muito mais versátil que se assume como um verdadeiro centro de entretenimento e trabalho.
Serviço online
O pc não tem cross game chat, contando com inúmeros serviços como o skype, teamspeak, MSN e muitos outros servidores.
A maior parte dos jogos de pc contam com servidores dedicados com administradores que gerem os jogadores. O hacking pode tornar-se um problema, mas a comunidade mais madura do pc facilmente se organiza de forma a banir os hackers dos servidores.
Os mods acrescentam conteúdo aos jogos a custo 0, não sendo assim necessário desembolsar 15 euros por uns meros mapas reciclados.
O pc e o mercado dos tablets
Um jogador hardcore nunca enveredará por um tablet ou netbook em detrimento de um desktop. É algo absolutamente ridículo.
Na minha opinião, os tablets são absolutamente inúteis e fúteis, à semelhança de quem os compra. O mercado que está ameaçado por estes dispositivos é o mercado das consolas portáteis ( a 3DS já provou do veneno).
O mercado dos portáteis é paralelo ao mercado dos desktops, e os mais de 300 milhões de pc's que foram vendidos em 2010 constituem um mercado excelente para os jogos indie que exigem pouco do hardware.
Conclusão
O PC é a plataforma de excelência, perdendo apenas na acessibilidade (julgo que a ignorância impera neste aspecto) e em títulos exclusivos. Sendo que o pc apresenta uma grande quantidade de exclusivos de peso, basta pesquisar no google.
Todos os jogos para pc são mais baratos pelo menos 10 euros. Um jogador poupa em média 50 euros ao ano (fora vendas da steam), ao fim de 3 anos poupam-se 150 euros, fora as despesas com serviços como o xbox live, algo que é grátis no pc.
60x3= 180 euros
50x3= 150 euros
150+180= 330 euros
330 euros são mais que suficientes para uma excelente placa gráfica, o que gastamos em hardware poupamos em software.
Em suma, o PC enquanto plataforma é mais variado, tecnologicamente mais avançado e, feitas as contas, é mais económico face ao mercado das consolas.
Pensem bem no que foi dito acima, existem ainda muito mais vantagens subjacentes a este mercado, mas receio que o texto se prolongasse demasiado (senão o estiver já).