Os
Cavaleiros do Zodíaco nos videogames Publicado em 28/04/2010 por João Coscelli
Os Cavaleiros do Zodíaco marcaram a
geração nascida no final da década de 80. Proveniente do mangá criado
por Masami Kurumada de mesmo nome (chamado Saint Seiya no Oriente e nos
EUA), o anime rapidamente virou febre entre os garotos, que corriam para
a sintonizar a televisão no canal Manchete durante as tardes. Bonecos,
material escolar, lancheiras e centenas de outros produtos carregando as
imagens dos Cavaleiros chegaram ao mercado.
Tratando-se de garotos com armaduras
protegidas por constelações que se envolviam em combates extremos,
Cavaleiros do Zodíaco tinha um enorme potencial para ser transformado em
um jogo de sucesso, principalmente pela popularidade que atingiu no
Brasil e no Japão. Mas o sucesso dos Cavaleiros na televisão não foi o
mesmo dentros dos games. Os poucos títulos lançados pela Bandai – hoje
Namco – foram RPGs para NES e Gameboy, no início dos anos 90. Os
guerreiros estelares só foram retomados em 2005, quando ganharam um
verdadeiro jogo de luta para Playstation 2 que pouco agradou. O
Baú
do Videogame faz uma breve retrospectiva de cada um dos títulos
lançados com base no mangá e no anime dos Cavaleiros do Zodíaco.
Saint Seiya: Ougon Densetsu
(NES – Bandai/1987) – O primeiro jogo dos Cavaleiros do
Zodíaco lançado foi para o NES, então o grande campeão do mercado na
época. O único cavaleiro
controlável no
jogo era Seiya de Pégaso. O estile era um RPG básico, por rodadas, com
poucas opções entre os ataques. Ainda assim, tentava percorrer os mesmo
eventos dos mangás – desde o momento em que Seiya conquista sua
armadura, passando pela Guerra Galática e pela batalha contra os
Cavaleiros Negros até chegar ao Santuário, mas apenas cinco Cavaleiros
de Ouro podiam ser enfrentados. Todos os Cavaleiros de Prata,
entretanto, foram reproduzidos no jogo. Apesar do nome completamente
japonês, na Europa foi lançado como apenas
Saint Seiya.
Saint Seiya: Ougon Densetsu
Kanketsu Hen (NES – Konami/1988) – Feito nos mesmos moldes de
seu antecessor,
mas desta vez tratando da
Batalha das 12 Casas do Zodíaco, ou seja, contava com a aparição dos
Cavaleiros de Ouro. Também funcionava como um turn-based simples, com
poucas opções, mas bastante fiel à saga. Por exemplo, o Cavaleiro de
Dragão só pode usar o golpe Excalibur na após a casa de Capricórnio e o
Cavaleiro de Fênix só pode lutar na casa de Virgem e contra o Mestre do
Santuário, exatamente como ocorre no anime. Não foi lançado na Europa
como o antecessor, mas ficou conhecido como S
aint Seiya 2.Saint Paradise (Gameboy –
Bandai/1992) – Entre os RPGs, a versão para o Gameboy foi a
mais complexa em termos de
jogabilidade e adequação à
série. Dessa vez, o jogo contemplava toda a saga do Santuário e até a
saga de Poseidon, cronologicamente a segunda nos mangás e animes, e em
vez de apenas um cavaleiro lutando por vez, o jogador tinha quatro
Cavaleiros de Bronze – Andrômeda, Pégaso, Cisne e Dragão – em sua
equipe, embora algumas lutas ainda acontecessem individualmente. O jogo
foi lançado apenas no Japão, portanto não havia versões em inglês ou
francês.
Saint Seiya Ougon Densetsuhen
Perfect Edition
(Wonderswan Color – Bandai/2003) - O mais desconhecido dos já
desconhecidos jogos baseados no mangá. Não é para menos, já que foi
lançado apenas no Japão e para o Wonderswan Color, console portátil da
Bandai, que nem mesmo no Oriente fez muito sucesso. O jogo é basicamente
um remake unificado das duas edições de Saint Seiya para o NES, mas
teve algumas modificações e melhorias, principalmente na parte gráfica.
Há pouca informação disponível sobre o título, mas os fãs o consideram o
melhor RPG de toda a série envolvendo os Cavaleiros. Foi também o
último jogo lançado cuja produção esteve nas mãos da Bandai.
Saint Seiya: The Sanctuary (PS2 – Dimps Corp./2005) – Mais de dez anos haviam se
passado desde o lançamento do último Saint Seiya nos principais consoles
quando o Playstation 2
retomou os guerreiros do
zodíaco trazendo exatamente o que os fãs desejaram por anos – um jogo de
luta com a possibilidade de controlar seu Cavaleiro favorito e
colocá-lo para brigar com qualquer outro. Foi a primeira vez que o anime
se tornou um jogo de luta, deixando de lado todo o legado de RPG
construído até então. Os combates, embora sem toda a dramatização do
desenho animado, ficaram bastante fiéis, assim como as animações quando
os golpes eram executados. O sistema criado para fazer o cosmo dos
Cavaleiros ficar mais intenso cada vez que o jogador tinha menos vida
foi uma boa forma de adaptar esse aspecto do mangá. Como o nome diz,
Saint
Seiya: The Sanctuary era um jogo sobre a Batalha das 12 Casas, e
obviamente os Cavaleiros de Ouro podiam ser escolhidos nos modos de
combate livre.
Saint Seiya: The Hades (PS2
– Dimps Corp./2006) – Continuação de
Saint Seiya: The
Sanctuary, o último título lançado sobre os Cavaleiros do Zodíaco
era exatamente igual ao seu
antecessor, com a
exceção de que desta vez o foco se tornou a primeira parte da Saga de
Hades, que se passa ainda no Santuário. Assim como na primeira edição
para o Playstation 2, o modo história seguia a trama do mangá, colocando
os guerreiros frente a frente de acordo com o que foi publicado na obra
de Kurumada. Personagens e modos secretos fizeram parte da gama de
inovações em relação ao jogo anterior, bem como melhorias gráficas e nos
controles e na jogabilidade, um pouco lenta em
The Sanctuary. É
o mais recente título dos Cavaleiros e continuou a tradição de não ter
sido lançado oficialmente nos EUA.