Perfect Dark
(Nintendo 64) Publicado em 23/03/2010 por João Coscelli
007 Goldeneye foi o grande
título de tiro em primeira pessoa no Nintendo 64. A versão eletrônica de
James Bond reinventou o gênero e trouxe um dos modos multiplayer mais
celebrados até então. O sucesso foi tão grande que a Rare decidiu fazer
uma sequência, e nem estamos falando de
007 – The World Is Not
Enough. O assunto aqui é
Perfect Dark.
Perfect Dark não é a sequência
oficial de
007 Goldeneye, mas é o sucessor que carregou a
aprimorou o DNA do agente secreto britânico. Foi lançado em 2000, três
anos depois do primeiro jogo de tiro da Rare para o console e fez
bastante sucesso, principalmente por conta da qualidade técnica – ganhou
notas altíssimas nas publicações especializadas.
Desde que as primeiras notícias sobre o
desenvolvimento de
Perfect Dark começaram a surgir, o jogo foi
logo vinculado à linha sucessória de
007 Goldeneye. Quando ele
chegou ao mercado, a teoria foi comprovada – as semelhanças mecânicas e
gráficas são incríveis, até porque ambos foram produzidos com a mesma
engine. A sensação de jogar um é a mesma de jogar o outro, e não fosse
pelas armas, personagens e mapas diferentes, seriam a mesma coisa.
Em vez de estar na pele de James Bond, o
jogador assume o papel de Joanna Dark, uma agente secreta envolvida em
missões para um laboratório de tecnologia que acaba descobrindo uma
conspiração alien por trás de tudo. Os controles e a mecânica são
estritamente os mesmos, mas foi
incluído o comando de pulo. A maioria das armas foram renovadas, outras
tiveram apenas o nome trocado, mas quase todas ganharam uma segunda
função. Apenas os gráficos, bastante avançados para a época de
007
Goldeneye, não tiveram muitas melhoras, mas nada que prejudique a
qualidade técnica do jogo.
O que impressionou em
Perfect Dark foi o altíssimo nível da inteligência artificial. No modo principal,
isso não fica tão evidente, embora alguns inimigos se esquivem, deitem e
se escondem, mesmo que sem dificultar muito as coisas para o jogador.
Mas nas missões solo, era possível escolher o nível dos
simulants,
os chamados ‘bots’, e alguns deles se mostravam verdadeiras máquinas de
matar. No modo multiplayer,
Perfect Dark reuniu os melhores
aspectos de
007 Goldeneye e aprimorou. Mais modalidades, mais
opções, e até um modo cooperativo nas missões.
A saga de Joanna Dark foi talvez o
melhor first person shooter do Nintendo 64, mas não fez o mesmo sucesso
de
007 Goldeneye. Um dos motivos que explica isso é a data de
lançamento, bastante próxima do fim da vida útil do console. Apesar
disso,
Perfect Dark foi o grande lançamento de 2000 para a
plataforma e frequentemente é lembrado entre seus melhores títulos. O
Xbox 360 ganhou uma nova versão do jogo em 2005,
Perfect Dark Zero,
mas o original é o mais novo lançamento no console – chegou à Live na
segunda semana de março e está disponível para download.
Ficha técnica – Perfect DarkPlataforma: Nintendo 64
Desenvolvimento: Rare
Gênero: Tiro/FPS
Ano: 2000