A ministra da Saúde, Ana Jorge, confirmou hoje em conferência de imprensa que a mulher que estava a ser analisada em Portugal tem mesmo Gripe A. No entanto, já não há risco de contágio.
Ana Jorge confirmou que a portuguesa de 31 anos, residente em Lisboa, que se suspeitava ter o vírus H1N1 ou vírus da Gripe A, está mesmo infectada. A família da senhora foi examinada e não tem, segundo a ministra, quaisquer sintomas de ter contraído vírus.
As análises, que chegaram hoje de um laboratório de Londres certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), confirmaram a presença do vírus H1N1, mas segundo a ministra, já não existe risco de contágio.
A ministra disse ainda que todas as pessoas com quem a mulher contactou estão identificadas, em particular aquelas com quem terá estado no avião de regresso a Portugal. Neste momento, a senhora cumpre as medidas recomendadas para evitar o contágio e não houve necessidade de recorrer a medicamentos antivirais para recuperar.
O Instituto Ricardo Jorge, onde as primeiras análises foram feitas, não possuía uma colheita do vírus da Gripe A e, por isso, as amostras tiveram de ser enviadas para Londres. A OMS deverá enviar ainda hoje colheitas para que novos casos possam ser identificados em Portugal.
Segundo a ministra, "a existência de um caso confirmado em Portugal não representa um caso imprevisto", uma vez que a portuguesa que contraiu o vírus estava nas circunstâncias favoráveis ao contágio: esteve no México, o país onde existe um foco de Gripe A. Outra das circunstâncias favoráveis ao contágio é o contacto com pessoas de áreas onde existam focos do vírus H1N1.
A ministra voltou a frisar a que "as medidas adoptadas em Portugal estão de acordo com o definido pela OMS" e que, perante sintomas imprevistos de gripe ou contacto com as áreas afectadas, o melhor a fazer é contactar a linha Saúde 24 (800...), onde profissionais de saúde podem aconselhar e encaminhar os utentes.
Ana Jorge agradeceu à senhora infectada com o vírus o seu "comportamento de grande civismo" e a "prova de cidadania" que deu, por se ter submetido por livre vontade a uma situação de quarentena, "limitada à sua habitação até à alta clínica", para não contagiar outras pessoas.