Alcunha: mess
Nome: João Oliveira
Localidade: Venda do Pinheiro
Data de Nascimento: 05/03/1991
Número de eventos em LAN: 0
Jogo actual: Guitar Hero: Metallica
Modo de jogo preferido: Co-op
Outros jogos preferidos: Fable (I e II), Final Fantasy X, Gears of War (1 e 2), Lost Odyssey, Half-Life, Portal, GTA, Kingdom Hearts...
Hobbies: Futsal, XboxTeam Portugal, Xbox 360, Séries, Natação
Chegou
o momento de termos entre nós uma das pessoas mais influentes da
evolução da comunidade nacional. João ‘Mess’ Oliveira, redactor e
analista do site XboxTeamPortugal. Apesar do teu enorme trabalho poucos
te conhecem fora do XTP. Por isso, fica o nosso pedido cliché caro
João: Podes apresentar-te à nossa comunidade ? Fora
do XTP, sou mais um comum mortal de 18 anos. Neste momento estou à
espera dos resultados da Candidatura à Faculdade e, se tudo correr bem,
dentro de cerca de um mês vou ser estudante do Instituto Superior
Técnico da Alameda, no Curso de Engenharia Informática e de
Computadores. Como é óbvio, uma das minhas actividades preferidas é
jogar, e não obstante preferir particularmente a Xbox 360, não desdenho
uma boa oportunidade de jogar noutras consolas. Apesar de neste momento
estar um pouco sedentário, pratiquei futsal durante dois anos e
aproveito parte dos tempos livres para continuar a jogar regularmente
com amigos.
Além
disso, não perco a oportunidade de ver uma boa série (gosto de Heroes,
Torchwood, Battlestar Galactica), um bom filme e, claro, um bom livro.
Como nasceu o XboxTeamPortugal ?Eu
não assisti ao parto, mas sei que tudo começou com uma ideia saída da
mente de um açoriano chamado Flávio Gonçalves, o Kribel, conhecido por
este país fora e cada vez mais no resto do mundo. O objectivo do Flávio
era divulgar uma marca que ele acreditava ser uma forte alternativa ao
domínio avassalador da Playstation em Portugal e, salvo erro, em 2003,
criou um pequeno grupo que discutia a consola online.
Cerca de
um ano depois, o XboxTeam foi fundado e, com o tempo, foi ganhando
visitantes, foi crescendo e, com a entrada de pessoas determinantes,
como o Zé Luis, o Rui Carriço “Glorioso” e o Hélder Azevedo “CedPT”,
foi-se tornando num site representativo da comunidade Xbox em Portugal
– informado, activo, mas ao mesmo tempo acolhedor.
E tu, como integraste este projecto ?
Ena,
que longa história… mas vou tentar encurtar. Estamos perto do Natal de
2006 e o Sony fanboy que havia nesse momento em mim está destroçado – o
lançamento da Playstation 3 na Europa foi adiado para Março e já estava
a entrar em desespero. Desesperei a tal ponto que decidi esquecer a PS3
e experimentar algo completamente desconhecido, uma Xbox 360. Fiquei
satisfeito e cada vez mais queria estar informado em relação à consola.
Um dos sites que usava era precisamente o XboxTeam Portugal, que me
surpreendeu na altura com a actualização permanente e escrita
acessível.
Foram-se
passando os meses e o site começou a fazer testes de recrutamento.
Inscrevi-me e passei os primeiros três testes. O quarto envolvia alguma
rapidez e, por inconveniências da vida, não o pude fazer. Assim desisti
de fazer parte da equipa e ao mesmo tempo comecei a interessar-me pela
Wii. Tanto me interessei que me candidatei a integrar a equipa do
WiiTeam Portugal e ajudar o site a crescer. Nessa altura, lembrei-me de
falar com o Kribel (que entretanto já tinha adicionado no MSN) a
dizer-lhe que estava no site irmão do XTP. Qual não foi o meu espanto
quando o raio do açoriano me pede imediatamente para fazer uma
catrefada de notícias para o XTP porque estava toda a gente de férias e
era preciso escrever. Aceitei o desafio e rapidamente fiquei “em
teste”.
Foi
complicado entrar, até porque o Hélder (por quem passam todas as
notícias do XTP) pensava que eu andava a copiar notícias de outros
sites e a fazer uma data de aldrabices. Eventualmente, as dúvidas
dissiparam-se e entrei oficialmente no site em Julho de 2007.
Sentes-te recompensado pela oportunidade que o Kribel te deu ?
Sim,
e sempre agradeci isso mesmo ao Kribel. É complicado explicar às
pessoas exteriores ao projecto o prazer que é pertencer a esta equipa,
sobretudo aos meus amigos. Muitas vezes me perguntam “Então mas porque
raio fazes parte de um site? Isso é coisa de cromo”. Mas não é assim
que eu vejo este projecto, por várias razões. Primeiro, pelas amizades
que criei – apesar de estar cada um em sua casa, já colaborámos em
tanta coisa, que ficaram marcas.
Segundo,
pelas oportunidades que este projecto já me proporcionou. Com 16 anos
fui ao lançamento de Halo 3 em Portugal; ainda com a mesma idade, fui à
sede da Microsoft e conheci uma série de pessoas envolvidas no ramo dos
videojogos; o ano passado participei activamente em eventos como o
MyGames ZON e o CLASH 2008; e, por último, foi-me recente recentemente
oferecida a oportunidade de ser Embaixador Xbox em Portugal.
Em
terceiro lugar, e por fim, estou grato pela experiência e maturidade
que este projecto me pode oferecer a nível profissional – o meu domínio
das línguas portuguesa e inglesa melhorou exponencialmente, ao mesmo
tempo que aprendi a trabalhar com uma série de programas de edição de
imagem e vídeo que podem vir a revelar-se úteis num futuro próximo.
Resumindo,
apesar de ser uma instituição sem fins lucrativos acabas por ter um fim
a nível didáctico para a vida. No fim, vale a pena a dedicação pelo XTP
?
Há momentos em que me apetece
largar tudo, admito, mas há outros em que nem sequer coloco isso em
questão. É claro que é agradável poder ter acesso a uma série de jogos,
ou participar em eventos, ou ter uma ou outra informação privilegiada.
Mas no dia-a-dia, o que dá alento é mesmo a reacção das pessoas ao
nosso trabalho. Não há nada como o reconhecimento do nosso esforço e
nisso não há comunidade como a do XTP.
Aliás,
mesmo quando nos devem apontar falhas, raramente nos deixam mal. Como
no caso da apresentação do X-ROUND em que demonstrámos um programa com
vários erros e a comunidade nos apoiou e nos continua a ajudar a
evoluir. É isso que me move, sentir que faço parte de algo com sentido
e em relação ao qual vale a pena contribuir.
Recentemente criaram o X-Round. De onde surgiu esta ideia e que modificações pretendem incluir nos próximos episódios ?
Curiosamente
a ideia original foi minha (ena, isto vai soar humilde). Desde o fim do
XTPodcast que achava que faltava algo ao nosso site, algo que nos desse
personalidade. Sim, porque sites com notícias e análises há aos montes.
Ao mesmo tempo, queria algo que nos elevasse ainda mais que os
podcasts. Lembrei-me de algo em vídeo e já não sei bem como surgiu-me a
ideia de usar os avatares como interlocutores.
Depois
disso, fiz um teste que mostrei à equipa que envolvia um simples avatar
a mexer a boca sincronizado com a minha voz enquanto apresentava uma
notícia. A ideia pegou e a partir daí toda a equipa tem vindo a
contribuir com algum toque pessoal.
Em
relação ao futuro, o formato do programa em si, não devera sofrer
grandes alterações. Isto é, a duração e a forma como alternamos entre
rubricas deverão manter-se. Por outro lado, vamos aproveitar algumas
sugestões da comunidade, sobretudo as que envolvam uma maior
proximidade entre nós. Por enquanto, é preferível não revelar ainda o
que iremos aproveitar, até porque ainda estamos a estudar as
alternativas, mas há aí muito boas ideias.
O X-Round vai no 2º episódio e radicalmente mudou várias condicionantes. Que factores valorizaram na mudança no X-Round ?
Precisamente
os factores que nos pareceram prioritários do ponto de vista de
capacidade de captar a atenção do público. O principal talvez tenha
sido a redução do tempo para menos de metade. Ao mesmo tempo,
procurámos melhorar a qualidade do som (através dos volumes das
músicas, particularmente). Além disso, apostámos num ritmo mais
dinâmico, de tal forma que tentamos que cada segmento das rubricas não
ocupe mais de 5 minutos.
Também aplicámos já uma sugestão de um membro que envolvia um resumo no início do programa.
A palavra da comunidade é importante para vocês ?
A
comunidade é como se fosse o nosso combustível. Nós somos um simples
motor com boas capacidades, mas não vamos a lado nenhum sem a
comunidade e sabemos disso. Por isso o nosso trabalho gira tanto em
torno dos utilizadores da Xbox em Portugal. Queremos agradá-los e
mantê-los agarrados ao nosso site, porque sabemos ter condições para
dar valor à marca da melhor forma. E que melhor maneira de conseguir
isso que agradar a todos, produzindo exactamente o que esperam de nós?
Ao
mesmo tempo, penso que isso nos distingue de outros sites e publicações
- somos pessoas normais, acessíveis, tal como qualquer jogador, e
estamos sempre tão prontos a ajudar como a ouvir uma crítica pertinente.
Podemos contar com o XboxTeamPortugal em futuros eventos exclusivamente dedicados às consolas, em especial à nossa X360 ?Isso
é algo em relação ao qual não posso dar certezas. O ano passado
participámos no MyGames ZON e Clash após convite da Microsoft Portugal
e adorámos a experiência. Ainda não temos dimensão para organizar o
nosso próprio evento, portanto estaremos sempre dependentes de outras
entidades, mas a nossa relação com a Microsoft é muito próxima e, como
tal, contamos ajudar naquilo que pudermos.
Que objectivos defines para o XboxTeamPortugal ?
Claro
que o sonho seria alcançar o profissionalismo, mas temos que dar um
passo de cada vez e, talvez um dia, alcançar esse patamar. Neste
momento, procuramos cimentar a nossa posição de site da comunidade.
Queremos
ser a fonte principal de informação de todos os fãs da Xbox em Portugal
e também servir um pouco como ponto de encontro.
Penso
que o próximo passo passa por tornar o site rentável, pelo menos ao
ponto de cobrir as despesas de alojamento. O X-ROUND poderá contribuir
para isso, já que poderá vir a ter publicidade (mas não se preocupem,
nunca iremos sobrecarregá-lo).
Para chegar onde chegaram que dificuldades tiveram que enfrentar ?
Quando
integrei o projecto, o XTP já era um site com algum nome em Portugal.
Para mim, o mais complicado é alcançar um estado de coerência. Na minha
opinião, as pessoas só frequentam um site regularmente se souberem que
este nunca vai falhar, que poderão sempre encontrar o que precisam ali.
É isso que nós procuramos, mas é sempre difícil gerir os membros da
equipa, porque nem sempre há disponibilidade.
O
que acontece é que existem momentos em que pouca gente consegue ter
tempo para escrever notícias, ou ajudar no fórum, ou fazer imagens e a
partir do momento em que o site começa a falhar, as pessoas começam a
afastar-se. A dificuldade, portanto, é manter a actividade, ao mesmo
tempo que a qualidade.
Uma revista nacional dedicada exclusivamente a X360 é uma miragem na tua opinião ?
É
uma pergunta difícil de responder, apenas com estudos de mercado se
poderia ter uma conclusão específica. No entanto, posso dizer que na
minha opinião, as revistas de videojogos tendem a perder cada vez mais
preponderância. Se repararmos, a informação pode ser vista na Internet,
actualizada diariamente e de graça. Já nem para demos as revistas podem
ser usadas, é só fazer o download a partir do Live.
Além
disso, temos que ser realistas, o número de pessoas que compram a Xbox
já é curto, quanto mais as que, de entre essas, estariam dispostas a
desembolsar alguns euros por informação que, em princípio, já conhecem.
Sendo assim, o rumor da criação de uma revista por parte do XTP está fora de questão ?Neste
momento, sim. Na verdade, nunca tivemos essa ambição, e penso que será
seguro afirmar que não a iremos ter no futuro. A nossa prioridade é
continuar com o site e fazer o máximo que conseguirmos por esta
comunidade.
Na tua opinião, a Microsoft Portugal tem feito um bom trabalho no nosso país ?
Na
minha opinião, a Microsoft Portugal tem sido um alvo fácil das críticas
dos jogadores portugueses, umas vezes com alguma razão, outras nem
tanto. O que é facto é que, tendo em conta tudo o que sei acerca do
trabalho desenvolvido pela equipa da Xbox, não seria fácil fazer
melhor. Neste país onde não há consolas, só há Playstations, é difícil
vender um produto concorrente. Más vendas geram más receitas, que por
sua vez geram um tratamento mais displicente da Microsoft
Internacional. Se há esse tratamento, o orçamento é menor e a divisão
portuguesa não tem como investir, o que volta a gerar vendas menores.
Como
inverter isto? É complicado, mas vejo que o trabalho da Microsoft
Portugal já começa a dar alguns frutos. Vão dando um passinho de cada
vez, investindo aqui e ali no que podem e o que é observável é que a
quota de mercado da Xbox tem vindo a crescer. Aos poucos, mas tem. Com
um pouco de sorte, atingiremos um nível que proporcione um maior
investimento lá de fora e, aí sim, poderemos ter o tratamento que todos
desejamos.
A par desse crescimento lento da Microsoft Portugal, como tem aproveitado o XTP o apoio da Microsoft no nosso país ?Sensivelmente
desde o ano passado que temos mantido relações próximas com a empresa
em Portugal, posição que acredito termos merecido por tudo o que já
fizemos pela marca. O que resulta disso é, por exemplo,
termos
acesso a várias cópias dos exclusivos Microsoft que usamos em
passatempos e para a própria equipa, ou ainda cartões de pontos e
subscrições Live que, mais uma vez, nos ajudam nas análises.
Além
disso, temos tido algumas oportunidades, como foi o caso de termos sido
os primeiros a jogar a demonstração do MyGames ZON de Gears of War 2
(apesar de ser igual à já vista na E3), de ajudar na apresentação da
antevisão do mesmo jogo, de termos participado no CLASH e, agora mais
recentemente, de uma série de membros ter sido convidada para
Embaixadores Xbox.
"Constante"
não é a palavra certa para os Embaixadores Nacionais pois nos últimos
anos há constantes mudanças. Achas que é desta que temos uma equipa
segura ?
O cargo de Embaixador,
como nos foi explicado, não é vitalício, o que significa que apenas o
mantemos de ano para ano se fizermos um bom trabalho em prol da
divulgação da marca. É isso que a Microsoft espera de nós e, falo por
mim, estou confiante de que o vamos conseguir. Além disso, foi-nos dito
que estão agora a apostar num maior número de gente no passado, o que
facilitará o trabalho - em vez de termos duas ou três pessoas nesta
posição, temos neste momento seis, número que deverá crescer nos
próximos tempos.
Quais foram os escolhidos da Microsoft Portugal? E na tua opinião, porquê ? A
Microsoft escolheu pessoas que, à partida, já têm provas dadas de
dedicação e conhecimento em relação à marca. Da equipa do XTP, o Zé
Luís, o João Pessoa “WormPT” e o Hélder Azevedo “CedPT” ocupam-se da
zona norte, enquanto eu e o Rui Carriço “Glorioso” estamos mais ligados
ao Centro e Sul. Além disso, estão também na equipa duas pessoas que já
podem ter visto no MyGames Zon, o Gonçalo Chaves e o Serge Michaux
(alguns podem conhecê-lo do Xbox Live como “Pantufão”).
Não pensando apenas no XboxTeamPortugal. Que novidades gostarias de ver na nossa comunidade nacional de X360 ?
Neste
momento penso que o que faz mais falta são eventos. A nível competitivo
já estamos relativamente bem servidos, mas ainda há espaço para
evoluir, sobretudo no que diz respeito a prémios elevados. Ainda em
relação a eventos, gostava de ver Portugal palco de revelações da
indústria, ou pelo menos de algo relevante, um pouco à imagem do que
foi a apresentação de Gears of War 2 no ano passado.
É complicado, até porque a produção de videojogos em Portugal é quase inexistente, mas acredito que isso vai mudar no futuro.
O que entendes por 'relativamente bem servido' no aspecto competitivo nacional ?O
que quero dizer é que já existem eventos de competição na Xbox 360,
nomeadamente a XL Party, que concentra sempre a comunidade competitiva
nacional. De qualquer das formas, parece-me que fazem falta
alternativas que possam acrescentar uma competição mais forte e regular.